terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Corinthians na segundona


Até que em fim um time paulista caiu pra segunTRISTE SEGUNDA Igor Ramos
MATHEUS URENHA INCRÉDULO ANDRÉ Recebeu mensagens no celular e o computador “bombou” com piadinhas
A tristeza de alguns é a felicidade de outros. O rebaixamento do Corinthians mexeu com as torcidas de norte a sul do Brasil e os corintianos foram alvos de brincadeiras e muitas gozações por parte dos rivais. A internet foi o local preferido para a “divulgação” das piadas que aterroziram os corintianos, na pior segunda-feira de suas vidas. Em Ribeirão Preto não foi diferente. Com o orgulho ferido, os torcedores do Corinthians tiveram que encarar os colegas de trabalho e as brincadeiras vindas de todas as partes. Quem trabalha tendo o computador como uma das ferramentas, sofreu dobrado.Foi assim com André Luiz Guedes Maretti, de 26 anos, vendedor do produtos de informática. “Foi um dia daqueles. Meu celular não parou um minuto, recebendo ligações e mensagens dos amigos são-paulinos e palmeirenses. O MSN então parecia uma metralhadora”, contou o corintiano, com bom humor apesar da tristeza pelo rebaixamento do time do coração. Ele conta que as brincadeiras começaram no domingo e invadiram até a madrugada. “O jogo nem tinha acabado e já tinha gente me ligando. Meu vizinho jogou até latinha de cerveja no meu quinta quando o Grêmio fez o gol. de madrugada recebi ligação e hoje (ontem) foi o dia inteiro agüentando. Mas faz parte né”, diz André, que assistiu o jogo ao lado do pai palmeirense e do irmão são-paulino. Um verdadeiro martírio. “Em casa, no trabalho, já faz mais de 24 horas de piadas e brincadeirinhas dos amigos. Teve um que ligou aqui na loja para perguntar se vendia ingresso para a segunda divisão. Agüentei de tudo”, sorriu.Entre as piadas infames espalhadas pela internet e pelos site de relacionamento Orkut, a que mais vez sucesso foi - Alô.. alô ... Corinthians ? Ixiiiii acho que caiu. Tu tu tu ... A criatividade na hora de provocar outros torcedores não tem limite. São-paulinos e palmeirenses criaram uma nova marcha para o câmbio dos carros de corintianos. No lugar da segunda marcha, um símbolo do clube. “Foi uma segunda daquelas. Foi um segunda dupla, ainda bem que amanhã (hoje) é terça”, completou. Dentre as inúmeras brincadeiras, rivais criaram até a comunidade “2 de Dezembro de 2007”, em referência à data da queda do clube. Alguns torcedores se divertem com frases de pura maldade, como: “Luciano Huck é no sábado, Faustão é no domingo e o Corinthians é na segunda”. Este foi o preço pago pela torcida do clube mais popular de São Paulo e o segundo mais popular do Brasil após o seu rebaixamento.Ressaca curada no barMachucados com o rebaixamento, mas com o orgulho de serem corintianos intactos, muitos torcedores não deixaram de vestir a camisa mesmo após o vexame histórico do último domingo. O marceneiro Rodrigo Eduardo, de 24 anos, foi um desses fiéis que não se envergonhou e saiu para beber vestido com uma camisa com o número 10 às costas. No bar, no calçadão, foi flagrado por um amigo de infância e no meio da entrevista teve que encarar o amigo são-paulino, tirando sarro. “Tem que agüentar né, fazer o quê. O time caiu e desde ontem eu estou com a camisa. É nóis (sic) até a morte”, brincou, enquanto quem fazia a farra era o colega são-paulino Róbson Germano, vendedor. “É meu amigo de infância, mas não vou deixar de zuar né. O mano está aqui, no bar, com a camisa do Timão. Ah, tem que zuar né”, divertiu-se o são-paulino.Ao lado do cunhado, Leandro César, de 24, também corintiano tentava curar a ressaca do dia anterior, bebendo uma cerveja gelada para esquecer a tragédia. “Contra aquela ressaca de ontem, só tomando uma para esquecer. Já ouvi todas as piadas de dia, agora no fim da tarde quero é esquecer tudo”, sorriu.No dia seguinte não foi trabalharUm velho dito popular afirma que a segunda-feira é improdutiva quando o Corinthians perde. Com o time rebaixado então, a produtividade deve ter caído ainda mais. Em Ribeirão teve gente que não teve ânimo sequer para sair de casa, tampouco para encarar o trabalho. O presidente da torcida organizada Camisa 12, Jéfferson Machado não saiu da sua casa no Jardim Marchesi e disse que faltaria ao trabalho de segurança noturno na Casa da Cultura, em Ribeirão. “Não estou com cabeça para nada. Quase nem saí de casa e se eu pudesse ficaria o ano todo escondido até voltarmos para a primeira divisão. Mas tem uma coisa que ninguém tira que é o amor por este clube. Continuo sendo corintiano até morrer”. dona,

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